Livro: Mulher Das Dunas - Kobo Abe
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Características principais
Título do livro | Mulher das dunas |
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Autor | Kobo Abe |
Idioma | Português |
Editora do livro | Estação Liberdade |
Edição do livro | 1 |
Capa do livro | Mole |
Com índice | Sim |
Ano de publicação | 2021 |
Marca | ESTACÃO LIBERDADE |
Outras características
Quantidade de páginas: 288
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
Peso: 0.352 kg
Material da capa do livro: Outros
Com realidade aumentada: Não
Tradutores: Fernando Garcia
Gênero do livro: Ficção
Subgêneros do livro: Literatura japonesa,Romance Japonês
Tipo de narração: Conto
Idade mínima recomendada: 18 anos
Idade máxima recomendada: 99 anos
ISBN: 9786586068269
Descrição
Jumpei Niki, o protagonista deste livro, é professor de escola e também colecionador de insetos. Por causa desta sua segunda atividade e por querer gravar seu nome na eternidade de maneira um tanto exótica, ele excursiona solitário a um vilarejo distante, localizado em meio às dunas de um grande areal. Os moradores do povoado oferecem-lhe uma hospitalidade duvidosa, que aparentemente não passa de um disfarce para intenções muito menos virtuosas; e ele se encontra de repente sem saída como os insetos que captura, preso junto à mulher que habita a casa em que ele pernoitou. Os dois trabalham incessantemente, tirando a areia que não cessa de impregnar tudo; e a partir daí Kobo Abe faz com que os leitores reflitam sobre o valor do trabalho, sobre o tempo, a liberdade e a solidão, sobre a vida na cidade e fora dela, sobre a perseverança do ser humano em viver apesar de todo o sofrimento. A estranheza de A mulher das dunas reside tanto na linguagem peculiar da narração quanto nas ações e nos modos de pensar dos personagens, além das propositais confusões de tempo e espaço. Entram em cena diversas situações absurdas, que o indivíduo tem de suportar sem que ninguém, a não ser ele próprio, enxergue nelas algo de errado. Num primeiro instante, tais situações perturbam, de tão ilógicas e surreais, mas, conforme se repetem, se revelam reconhecíveis e compatíveis com os fatos da vida além da ficção. Assim, sem dúvida alguma, a estranheza atrai mais do que afasta. Quem atender ao convite à leitura desta obra sui generis, sobretudo aqueles que por acaso tendem um pouco à paranoia ou à claustrofobia, sentirão inevitavelmente certo incômodo. Mas um incômodo daqueles prazerosos, nos quais se descobre uma felicidade profunda e se pressente um aprendizado duradouro. Acompanhar o que acontece com Jumpei Niki é, junto a ele, perder de vista o horizonte, porém, ainda assim, confiar que este continua tecido entre céu e terra. É untar-se de areia dos pés à cabeça, da garganta ao lado de dentro das pálpebras, dos vãos entre os dedos ao fundo da alma. E é também aprender os momentos certos de saber quando olhar para dentro de si mesmo e para fora.