Livro: A Porta Da Viagem Sem Retorno, David Diop, Editora Nós
em 12x
Estoque disponível
Confira a
Características principais
Título do livro | A porta da viagem sem retorno |
---|---|
Autor | David Diop |
Idioma | Português |
Editora do livro | Editora Nós |
Edição do livro | 1 |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2021 |
Marca | EDITORA NÓS |
Outras características
Quantidade de páginas: 256
Altura: 21 cm
Largura: 13 cm
Peso: 310 g
Material da capa do livro: Brochura
Tradutores: Raquel Camargo
Gênero do livro: Romance
Subgêneros do livro: Ficção,Romance
Tipo de narração: Literatura estrangeira
Idade mínima recomendada: 14 anos
Idade máxima recomendada: 99 anos
ISBN: 9786586135480
Descrição
Por Edimilson de Almeida Pereira O tráfico de pessoas escravizadas tensiona até nossos dias as relações entre a Europa, a África e as Américas. Em A porta da viagem sem retorno, David Diop encena dramas humanos num período contraditório marcado pelo espírito iluminista e a violência do escravismo. No leito de morte, o naturalista Michel Adanson - inspirado no homônimo histórico (1727-1806), que elaborou um sistema de classificação das plantas, incluindo a descrição do baobá - se martiriza por não ter contado toda sua história à filha Aglaé. Apesar de ter escrito suas memórias da África e um tratado de botânica, faltou-lhe tornar pública a mais relevante de suas experiências. Num último suspiro, limita-se a murmurar um nome-enigma. Paralelamente, por meio da vida sentimental da Agalé, a obra descortina os jogos de amor e poder na sociedade francesa da segunda metade do século XVIII. Ler A porta da viagem sem retorno é reencontrar convergências entre o continente africano e o território da diáspora, a exemplo do provérbio Fulbe (“A narrativa é o lugar onde se encontra o passado”) citado pelo linguista senegalês Pathé Diagne e da epígrafe de Viva o povo brasileiro (“O segredo da Verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias”) anotada por João Ubaldo Ribeiro. Diop demonstra que a duração dos eventos depende das narrativas que os personagens tecem uns sobre os outros. Por isso, a palavra que inaugura o mundo se torna o eixo mais potente do romance. É necessário atentar para suas derivações que dão forma ao passado sob perspectivas que exaltam o diálogo entre as culturas ou que fixam, desde fora, a imagem do outro. Ciente dessas oscilações, o autor conduz os personagens por uma teia de viagens, onde cada um espera encontrar o fio da sua própria história.